E então você é mulher, homem, criança, cachorro, gato,
galinha...e há uma obrigação embutida em cada nome desses, em cada titulo
adquirido ao nascer e ao sobreviver. Nome próprio? Esquece! Você não é você mesma
você é uma mulher, uma “zinha” qualquer.
Você tem que ser tudo aquilo que a sociedade quer, e mesmo
que tenha conquistado alguns direitos, ainda assim tem que seguir alguns
padrões que lhe são impostos. É meio que inconsciente você sem perceber até
impõe esses padrões aos outros. Como assim você é mulher e não consegue fazer
cinco coisas ao mesmo tempo? O que você
é homem e não “pega” todas? Amigo você é um cachorro que ronrona? E você
gatinho que gosta de seguir o dono em todo canto? Como assim você não quer mais
por ovos?
É horrível ter que seguir um padrão. É horrível saber que
as pessoas tem uma expectativa sobre você e você vai decepciona-las, e nem foi
por querer, é só porque você não veio com o pacote completo. Quem foi que disse que eu preciso dar conta de
trabalhar, estudar, cuidar de marido, filhos, casa, de mim mesma e de tudo
mais? É uma cobrança constante, se antes você “só” precisava cuidar da casa, do
marido e dos filhos e saber bordar, hoje você precisa lidar com tudo isso e
ainda trabalhar que nem uma louca ganhando menos, e estudar pra ser alguém na
vida. Veja bem, não estou reclamando dos direitos que conquistamos, adoro poder
estudar e trabalhar, mas me deixa muito triste ver o olhar de reprovação de outra
mulher quando digo que não quero ter filhos e nem conseguiria dar conta de
todas essas coisas que citei. Não tenho obrigação nenhuma de ser uma mulher
maravilha, de ser boa em tudo e de estar sempre aqui quando você precisar. Não
sou uma máquina ou qualquer coisa que alguém quer que eu seja. Eu sou mulher,
tenho um nome próprio e sou única, você querendo ou não. Eu tenho direito de
ser tudo aquilo que eu quiser, e de não ser quando eu quiser.
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