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terça-feira, 28 de abril de 2015

Momento Naftalina

Acho que a maioria dos leitores desse blog sabe o que é Naftalina, mas pra quem nunca ouviu falar nisso aqui vai uma breve explicação. A Naftalina (essas bolinhas brancas aí em baixo) era usada com certa frequência anos atrás para repelir traças e baratas, sempre sendo colocada dentro de armários e gaveteiros. Esse produto exala um vapor que afasta os animais, mas que também deixa tudo impregnado com seu adorável cheiro (como fede ¬¬). Tudo que ficava guardado por muito tempo perto desse produto ficava com um aroma peculiar, isso me lembra dos finais de semana na casa da Vó quando criança, e de fuçar nos armários pra brincar, ou seja, naftalina pra mim é sinônimo de velharia e infância!


Seguindo o tópico de velharia, e depois de ver diversas discussões no Facebook, sobre as músicas cantadas pela Mc Melody (não conheço o trabalho, não me aprofundei, só li as chamadas das reportagens) lembrei das músicas que as crianças da minha infância cantavam.

segunda-feira, 27 de abril de 2015

Relacionamento Unilateral

Ou como ser infeliz acompanhado


Um poeta já disse que é impossível ser feliz sozinho, sinceramente eu discordo. Da mesma forma que é possível sim ser feliz sozinho, é mais do que possível ser infeliz acompanhado. As pessoas são diferentes, isso é fato. Tem gente que precisa de mais tempo para gostar de alguém, já outros amam a primeira vista. Alguns têm dificuldade de comunicação, ou não conseguem mesmo compreender os próprios sentimentos.

Pra deixar claro, a noção de relacionamento aqui é a mais ampla de todas, vale para qualquer envolvimento entre duas pessoas, seja ele sexual, fraternal, ou a boa e velha amizade. O primeiro erro em um relacionamento é esperar que o outro se comporte da mesma forma que você. Se eu ligo todos os dias e o outro não, isso não significa que não goste, são apenas hábitos diferentes. Mas existe uma grande distinção entre hábitos diferentes e falta de interesse.

sexta-feira, 24 de abril de 2015

Romantic or Creepy? #9

No ultimo post eu disse que buscava pela internet listas com músicas românticas, para ter uma noção do que o pessoal por aí acha romântico. A escolha de hoje também foi retirada de uma dessas listas, mas eu tenho um carinho ultra especial por ela.

  

Aerosmith – Cryin’


quinta-feira, 23 de abril de 2015

Amor, cadê você meu filho? *voz do Salsicha*

Imagine o vídeo, o seguinte enredo:

Um grupo de jovens levantava placas contra o preconceito, o foco era contra o racismo, mas, se juntaram ali placas contra o preconceito de forma geral.

Um dos jovens, homem, segurava uma placa dizendo "A cor não nos faz diferentes! Me dê um abraço."

Algumas pessoas deram o abraço no rapaz, sorridentes, simpáticas... Afinal de contas, era um abraço!

Vem cá Bruna, me dá um abraço... <3
Sim Bruna Morgan, é você! Sua linda.

Até aí tudo bem. Um abraço. Não importa que é um desconhecido, ele é uma boa pessoa, educado e só pediu um abraço. Além do que é contra o racismo. Legal!

Então o homem diz em seguida: Que bom receber seu abraço, sabe 'Eu sou gay', me dá um abraço por isso também?

cri cri cri *pausa na música do vídeo*

A câmera vai mostrando os olhares um a um, "take a take", (cada cena separadamente, já que foram filmadas individualmente).

Uns olharam com meio sorriso, outros franziram a testa e ainda outros colocaram a mão no queixo...

*música continua no vídeo*

E vai mostrando as reações seguintes:

Maioria pestanejou, pensou, balançou antes de abraçar, alguns nem mesmo quiseram abraçar, deram uns tapinhas nas costas  do homem, e saíram... raros os que abraçaram tão forte quanto o primeiro abraço (defendendo a luta contra o racismo).

Algumas disseram "Oh my God, not seems!", "This is serious?", "Cool, cool!"...

Ok!
O que eu estou pensando sobre isso?
(Não, não estou invalidando o protesto contra o racismo, apenas deixando evidente que algumas pessoas pensam que por apoiar a causa negra, estão livres de todo o preconceito. Quando, não! Ainda há muito chão nessa caminhada.)

Pensando: De onde vem e até onde vai o preconceito?
O vídeo revelou quão externo é, sem explicação, sem fundamento e sem justificativa um preconceito.
Por que as pessoas abraçaram o homem sem remorso, sem poréns, sem fazer esforço antes e quando este se revelou gay, recuaram, vacilaram, oscilaram...?

Porque preconceito trata-se de: A MALDADE ESTÁ NOS OLHOS DE QUEM VÊ! 
(Cara! Essa é a resposta. É difícil de entender? A maldade - problema - não tá no gay, no negro, no gordo, na loira...)

O preconceito está implícito às vezes nos pequenos detalhes.
No "mas"  na continuação da frase, na piada sem maldade sobre mulheres, na diferença salarial pelo gênero, no esquadrão da moda e seu padrão esquelético, e etc...

Não, eu não sou são-paulina, nem corinthiana.
Diz que não tem preconceito, mas, dá sentido conotativo de xingamento ao homossexual. 

Hoje me peguei pensando (preconceituando): "Poxa, mas, aquela menina, que horrível. Como ela usa uma blusa curta, de barriga de fora? Ela tem duas vezes mais barriga que peito, ta pra fora da calça!"
Em segundos parei e me "auto respondi": "Óqueeei dona da beleza, pepéca das galáxias, musa 2015... já pensasse no fato de ela estar se sentindo bem com aquela roupa? De estar se sentindo bonita? De que simplesmente. de repente (talvez) tu não tenhas nada a ver com isso?"

Puxa, ainda bem que em fração de segundos repensei.
E fiquei feliz pela minha consciência, que embora ainda não esteja 100% livre de preconceito, está caminhando para isso! Em progresso.

Ah e não, NO MEU CASO isso não tem nada a ver com educação em casa (poque minha família é extremamente conservadora, religiosa e radical em algumas questões), isso veio de dentro de mim (e será educação na minha casa). Eu aprendi a lidar com isso, a quebrar todos os outros preconceitos que eu tinha. E seu eu consegui, você também consegue!

E como disse um cara muito simpático, nascido em Nazaré da Galileia: "Eu vos dou um novo mandamento: amai-vos uns aos outros. Como eu vos amei, assim também vós deveis amar-vos uns aos outros" (Jo 13,34).


Chuveiro

Não é incrível como todos os seus problemas se resolvem durante o banho?
Você liga o chuveiro, tira a roupa e milagrosamente se sente de alma lavada.
Aquela discussão que te deixou zangada, aquela prova , contas, problemas...
Tudo vai pelo ralo abaixo.
Você decide o tema do seu TCC.
Arruma argumentos maravilhosos para acabar de vez com aquelas discussões.
Decide que vai cortar o cabelo.
Que vai mudar e que tudo vai ser diferente daqui pra frente.
Ahhh vai sim.
A água caindo sobre você, levando tudo embora...
E de alguma forma tomar banho de madrugada se torna ainda mais mágico.
Você escuta um silêncio ensurdecedor e de repente tudo faz sentido.
Sua vida, seus amores, seus problemas...
Não seria fantástico se sua vida acontecesse ali?
- Oi, você vem sempre aqui?
- Pera ai que caiu espuma no meu olho.
Aquela prova fodástica molhadinha indo embora junto com o shampoo.
Tudo tão simples.



Obviamente isso também vale para banhos de chuva, e pensando nisso eu lembrei de um filme muito bom que eu vi há muito tempo, mas que me tocou e me toca até hoje. Aqui vai uma cena clássica. Se você ainda não assistiu, vai lá que vale a pena.


* Sim, eu acabei de sair do banho, as 3:00 da manhã :D

sexta-feira, 17 de abril de 2015

Romantic or Creepy? #8

É sexta e eu não estou atrasada!!!



Eu consegui! Eu consegui! Este post não está atrasado!!! Isso não devia ser motivo de comemoração já que não faço mais do que minha obrigação, mas é sempre bom comemorar alguma coisa na sexta! \o/
Pra fazer essa sessão linda eu utilizo a ajuda da nossa amada internet e seus queridos usuários. Frequentemente entro em algumas listas tipo “As 10 mais” de músicas românticas e me deparo com seleções incríveis. A música de hoje fará todo mundo perder o fôlego (literalmente).

Eminem feat Rihanna – Love The Way You Lie


Como irei entender, se não há quem me explique?

Em plena luta dos professores por melhores salários, eu presenciei algo que fez-me pensar o quanto merecem.

Causos de busão, num 136 da Transol:

Um adolescente (devia ter seus 13 anos) estava com uma carteira surrada, verde musgo, com o símbolo do rosto do Chê (Guevara) na frente, no seu pulso uma pulseira com as cores da "bandeira hippie". Fiquei observando-o.
Quando de repente um jovem (que aparentava ter seus 25 anos) chegou perto dele e o diálogo iniciou:

Jovem: Você sabe quem é esse na sua carteira?

Adolescente: É o Chê, né?

Jovem: Isso, exatamente. E ele representa algo pra você?

Adolescente: Sim, sim. Claro.

Jovem: O que exatamente? Você sabe quem ele foi, certo?

Adolescente: Ah, não sei te explicar. Contar a história dele, ta ligado. Mas, sei que ele é do reggae.

Jovem: Não jogador. Tu estás confundindo os personagens. Talvez tu estejas pensando no Bob Marley, não?

Adolescente: A, pode ser. Então, mas e o Chê?

Jovem: Então, Chê foi um jovem revolucionário, com um ideal político de esquerda, que lutou pela causa dos menos favorecidos e tentou levar esse "sonho revolucionário" a toda a América Latina... (etc)

Adolescente (ouvindo-o com atenção): Ah, entendi. Cara, que massa! Na real que curti o Chê. Po, vou dar um perdido lá com meu prof na escola, perguntar se ele me explica melhor e tal.

Pensei!
Por um mundo com mais jovens como aquele, nos busões da cidade.
E fiquei pensando, como os jovens precisam de quem os ensine.
Alguns estão como o eunuco etíope (de Atos capítulo 8) quando falou a Felipe sobre as Escrituras: "Como posso entender se alguém não me explicar?"
E ainda há quem menospreze a profissão dos professores, quando eles pedem por melhores salários ou condições de trabalho...
Professor atura coisa viu! Atura aluno mal educado, pais incoerentes, escola sem estrutura, salários ruins, correções de provas, trabalhos, planejamento de aula, leitura, atualização da sua conjuntura, interação (como lidar) com adolescentes e etc...
Professor não é só aquele cara que vai cumprir horários e passa meia dúzia de páginas do livro didático e vai embora. (Aliás, preferimos nem usar os livros didáticos, que são permeados de manipulação informativa e seletiva). Mas, são educadores, contribuintes na formação de opiniões, de cidadãos, de pensadores, de conscientes... Ah, o que seria de nós se não houvesse quem nos ensine, quem nos explique.
Seja na escola, em casa ou na vida.

segunda-feira, 13 de abril de 2015

Romantic or Creepy? #7

Escondendo a cara o máximo possível, sorry!!
To envergonhada, mais uma vez me atrasei nessa amada sessão (definitivamente não posso mais deixar pra fazer na sexta, porque sempre acontece alguma coisa e eu acabo não conseguindo fazer ¬¬). Já que a vergonha começou o post vou continuar com ela, ou pelo menos com a vergonha alheia, que é o que sinto toda vez que alguém usa essa música abaixo para fazer uma declaração de amor.

Pearl Jam - Last Kiss


domingo, 12 de abril de 2015

[poesia] Ode ao homo (non)sapiens suado

Apto em sua corpulência
Esquece rápido de sua sapiência

Oh (non) sapiens querido
Observe sua grandeza

Provável ter mais de 1,90 de altura
Deve ser abaixo da cintura que se orgulha
O desajeitado é seu andar cambaleante
Mas esperto é sua intenção petulante

Oh (non) sapiens ferido
Levar soco nas costas é uma boa opção
(Homicídio acidental também)

Imagino com minhas muitas palavras
Em qual fase o recalque foi instalado em instância
Talvez ali na 2ª fase do curso ou até mesmo no jardim de infância
Tão sábio de suas estabanadas decisões
Tão corajoso em demonstrar suas afeições

Um belo soco nas costas querido sapiens suado
É pouco, eu sei
É pouco, pois ter uma mandíbula deslocada
Um nariz quebrado ou perna esmigalhada
Parece ser pouco, eu sei

Vá com os deuses infames, neanderthal sudorento!
Vá e aproveite a ressaca!
A consciência pesada!
A sensação de fracasso!
O cansaço despejado arduamente no vaso
Tenha nossa benção.

Aproveite e reflita nas horas clementes
No vaso sanitário, despejando arduamente suas vertentes
De sua constituição máscula e viril
Puro macho apropriado para reprodução
Aproveite cada gorfar de entusiasmo
E constate ainda pasmo
Que sua noite foi em vão

(Mas oh o dia, esse bendito dia promete tantas outras)

Saiba que não há problema nenhum em ser imbecil
É um defeito mínimo para quem se encontra em estado febril
Aproveite cada dor de barriga e mal estar de inconstância
E lembre do quão pequena é sua importância

===xxx===
Essa ode foi inspirada por um episódio babaca de um ser identificado como "homo sapiens" digno de uma bela sessão banheiro com direito a piriri, desarranjo estomacal e desnutrição. O dito cujo se atreveu passar dos limites com mulheres em um festival aqui em nossa localidade e só parou de incomodar após receber um belo soco nas costas de uma de nossas pandas.
Aposto que era do CTC

segunda-feira, 6 de abril de 2015

A liberdade de ser você

  As pandas desse sofá estão muito filosóficas hoje, refletindo sobre a alteridade, autoimagem, sobre a sociedade e suas cobranças e expectativas.
  Não conheço uma mulher que esteja totalmente satisfeita com sua imagem 100% do tempo, seja em busca de perder alguns quilos, mudar a cor do cabelo ou o corte. Buscar mudanças, fazer algo diferente, nem sempre significa insatisfação com o que se têm, as vezes é um desejo de mudar alguma coisa no dia-a-dia (nem que seja o penteado).
  O problema maior está quando esse desejo vem de outra pessoa, principalmente quando esta acredita que não existe nada de mais em dar sua opinião. A questão é, tem problema sim! 
  Toda padronização, seja de imagem ou de personalidade, é algo horrendo. Atualmente, e devemos agradecer as redes sociais pela grande difusão, existem diversos grupos que lutam para defender suas identidades, suas características, suas opiniões. Quantas pessoas já foram questionadas por suas roupas, acessórios ou seus cabelos? Se não tá na moda, não é bonito.

domingo, 5 de abril de 2015

Romantic or Creepy? #6


Ai, ai, ai, tô atrasadaaaaaaaaa!
Peço mil desculpas a todo mundo, o combo feriadão + internet ruim pra caramba causaram o atraso desse querido post. Já que chegou atrasado bora então pros finalmente. A escolhida de hoje é um pagode, então aproveitem pra dançar e cantar junto! (já aviso aos navegantes que meu conhecimento pagodístico ficou lá nos final dos anos 90 e inicio dos anos 2000, sorry, mas aceito dicas dos sucessos atuais).

Molejo - Cilada


Marcas que me compõem

E lá estávamos nós...
De corpo e alma, nuas. Nós duas.
Eu olhava para ela, ela para mim.
Seus olhos diziam o que minha mente pensava.
Observei o desenho do seu corpo. Cada detalhe!
Me aproximei, o suficiente para sentir meus seios tocando os dela.
Vi defeitos. Aparentes e ocultos defeitos.
Acariciei suas curvas, a desenhei com as próprias mãos e observei suas marcas. As naturais, as do tempo e as por acidente. Os sinais, as pintinhas, as estrias, as celulites e as cicatrizes. (Um dia ainda vou escrever sobre cicatrizes, considero-as uma fonte histórica inigualável)
Quando olhei sua expressão, parecia sentir-se pouco desejável.
Saí dali. Me ocultei do seu olhar.
Sentada, com os cotovelos apoiados nas coxas e a queixo entre as mãos refleti.
Lembrei de dois momentos da minha vida, um em que um homem me cobrava perfeição, exigia de mim o conserto das minhas marcas e outro que se apaixonou por cada uma delas, por representarem o que eu sou (Ah, quão maravilhoso esse outro é!)
Exatamente!
As marcas constroem a beleza que me compõe. Por que aceitar que me retalhem com olhares negativos e com exigências?
Apoio todo o cuidado em questões de saúde e bem estar. Porém, apoio ainda mais quem se ama independentemente dos padrões impostos. Se tivéssemos que seguir aquilo que nos impõem, jamais seríamos nós mesmos, mas, a reconstrução de uma sociedade, de um outro sobre nós. Viveríamos sob um julgo não pertencente a nós (como muitos hoje vivem). O que nos tornaria escravos, portanto não livres.
Escolho decidir sobre meu destino e meu corpo, e assim ser livre.
Depois de refletir sobre isso, voltei a ficar face a face com o aquele olhar.
Lá estávamos novamente.
Percebi que os defeitos antes apontados partiam do princípio das opiniões alheias. Amigos, conhecidos, chegados... que me disseram uma ou duas vezes o "que faltava para eu ser perfeita".
Que triste!
Que triste quando a perfeição para alguém está no físico.
Coisa que passa, coisa que vai, coisa que cai, coisa que morre...
Eu disse a ela: Tu és muito mais que isso. Além do físico! Faça-se lembrada pelas atitudes, pela inteligência e sabedoria.
As pessoas perfeitas são, na verdade, justamente as que possuem defeitos, cometem erros, aprendem com eles e sobrevivem a isso.
Essa é minha definição de perfeição!
O corpo faz de mim alguém interessante nas primeiras horas, depois, preciso ter algo a oferecer. Algo que é intangível.
O corpo morre, a alma vai, mas o legado fica.
De frente uma para outra sorrimos e concordamos.
E então eu disse obrigada ao meu ESPELHO e deitei-me só, contudo EM PAZ.

A obrigação de ser o que se é



E então você é mulher, homem, criança, cachorro, gato, galinha...e há uma obrigação embutida em cada nome desses, em cada titulo adquirido ao nascer e ao sobreviver. Nome próprio? Esquece! Você não é você mesma você é uma mulher, uma “zinha” qualquer.
Você tem que ser tudo aquilo que a sociedade quer, e mesmo que tenha conquistado alguns direitos, ainda assim tem que seguir alguns padrões que lhe são impostos. É meio que inconsciente você sem perceber até impõe esses padrões aos outros. Como assim você é mulher e não consegue fazer cinco coisas ao mesmo tempo?  O que você é homem e não “pega” todas? Amigo você é um cachorro que ronrona? E você gatinho que gosta de seguir o dono em todo canto? Como assim você não quer mais por ovos?


É horrível ter que seguir um padrão. É horrível saber que as pessoas tem uma expectativa sobre você e você vai decepciona-las, e nem foi por querer, é só porque você não veio com o pacote completo.  Quem foi que disse que eu preciso dar conta de trabalhar, estudar, cuidar de marido, filhos, casa, de mim mesma e de tudo mais? É uma cobrança constante, se antes você “só” precisava cuidar da casa, do marido e dos filhos e saber bordar, hoje você precisa lidar com tudo isso e ainda trabalhar que nem uma louca ganhando menos, e estudar pra ser alguém na vida. Veja bem, não estou reclamando dos direitos que conquistamos, adoro poder estudar e trabalhar, mas me deixa muito triste ver o olhar de reprovação de outra mulher quando digo que não quero ter filhos e nem conseguiria dar conta de todas essas coisas que citei. Não tenho obrigação nenhuma de ser uma mulher maravilha, de ser boa em tudo e de estar sempre aqui quando você precisar. Não sou uma máquina ou qualquer coisa que alguém quer que eu seja. Eu sou mulher, tenho um nome próprio e sou única, você querendo ou não. Eu tenho direito de ser tudo aquilo que eu quiser, e de não ser quando eu quiser. 

sábado, 4 de abril de 2015

Guia d@ Universitári@ Probri - Panda's Edition

Para embalar o tema desse post, gostaríamos de agradecer de coração a linda panda sem nominação aparente, que estava espoleta nas letras de pagode que resgatamos para recreação criativa. Prontos para iniciar esse post com a frase: "andei, andei, andei até te encontrar" por visitar diversos lugares da federal sem rumo nem beira?


wanderlust
1.A very strong or irresistible impulse to travel;
2.strong longing for or impulse toward wandering.
Tradução bem fuleira e cheia de licença poética: Andança - 1. um impulso forte e irresistível de viajar; 2. desejo forte ou impulso para bater perna sem ter destino algum.

Você é universitári@ sem nada o que fazer final de semana de um feriado, não vai pra casa da família (Ou não tá a fim de ficar com eles pra aturar as piadinhas do pavê ou pra comer) e se sente com uma vontade imensa de sair pra bater a perna? Mora nas imediações de Florianópolis? Você tá durang@? Sem um centavo no bolso? Só tem o cartão de passagem de estudante, uns passes do RU, muita disposição e espírito aventureiro? Então temos uma solução bem bacaninha pra você que não foi abençoado pela HOSTENTASSÃO e riqueza.

Vivemos num criadouro chamado Universidade Federal. Óbvio que em lugares como esse existe um local de engorda definitivo com uma dieta equilibrada, bandejas desajeitadas, suco na máquina bizarra. Às vezes eles têm piedade de nós, meros mortais que apreciam seu feijão com arroz, o RU - restaurante universitário - resolveu colocar no cardápio algumas comidas bem exóticas...

O dia de sexta-feira santa, feriado religioso comemorado nacionalmente (Estado Laico, Estado Laico, Estadooooooo fucking Laicoooooo!!) foi uma adição para o cardápio modificado: Estrogonoff de camarão.



Apesar de ser uma sacanagem tremenda em fazer um prato especial desses em um feriado quando os seus usuários NÃO ESTARIAM pelas imediações da universidade, lá fomos nós encarar o belo pratão de nomnomz. 

Tipo, camarão mesmo! Com molho consistente e batata palha (batatapalha-batatapalha-batatapalha-batatapalha), tudo que um estudante meia boca, sem grana pra gastar com comida mais ajeitadinha ou com preguiça de fazer almoço em casa poderia pedir.

Delicadamente feito com todo amor e carinho.


Sem muitos planos na agenda a não ser comer, sentar debaixo de uma árvore e falar besteira. Após o almoço bem servido, a árvore estava ali para um breve descanso, para então rumarmos para nossos recintos individuais... Até que esta que vos escreve teve a brilhante ideia de perguntar onde era o Planetário. A saga começa ali.

Sem ter mapa, um wireless que funcionasse decentemente e testando lindamente o senso de direção da Psycho Panda, rumamos a nossa aventura Ufisquiniana do Feriadão Santo. Peraê pandinhas quiridus, a gente coloca as direções pra vocês:

Se você clicar na imagem ela vai crescer tanto, mas tanto!

O primeiro lugar a ser visitado foi o Planetário, um domo redondinho com trocentos gadgets all around e pequeno de acordo com o que eu havia pensado antes. O bichinho fica ali nas beiradas do Bosque e atrás do RU.

Sim, eu tiro fotos de hidrantes

Como não registramos fotos do Planetário e Bosque (Deixa pra próxima andança, fiquem felizes com a foto do hidrante), vamos pular para a ideia linda da Panda mais velha, sim, aquela que escreve sobre músicas românticas creepy! Ela simplesmente foi dando a volta no Bosque, conosco no encalço e apreciando os entornos da Universidade que jamais conhecemos depois de anos estudando por lá e atingindo um dos lugares mais fofos da região...


quarta-feira, 1 de abril de 2015

a vergonha alheia

 É de longa data que nosso querido povo tupiniquim tem uma tolerância a essa modalidade do interagir. A vergonha alheia, tão velha quanto qualquer outras das vergonhas (Até daquelas vergonhas que o Caminha não retratou fielmente em sua primeira carta à Portugal na fatídica expedição) emerge em nossa cultura tão multifacetada quanto qualquer outra reação social mais abundante.

Vejamos a vergonha alheia com bons olhos, com bons tratos, com o movimento de mão certo na testa e o pensamento distante daquilo que possa afligir o vizinho - tão incauto de seu delito maior com os padrões estabelecidos com a sociedade.

Não se apoquente, não se sinta sozinho nessa breve jornada de pura aflição compartilhada, às vezes é necessário haver um /facepalm nas nossas vidas para padrões serem revistos (Vide manifestação do dia 15/03/2015). Conhecer os sintomas também nos dá pista de como combater a moléstia, não é? Então vamos lá!

A vergonha alheia pode ser classificada em pequenos estágios de consumação de delito (do menor para o maior) contra o status quo de uma certa situação.

A vergonha alheia transitória: aquela que você sabe que de tempos em tempos irá assolar alguma parte de sua vida, mas que irá embora sem se despedir. Aquela praticada por pessoa que não é de seu conhecimento ou convívio, em alguma situação cotidiana, por razão diversa, sem motivo algum. Exemplo? Mostrar o cofrinho sem querer em público é um. 

    Da onde veio o termo cofrinho...?

    • Contornável? Sim. 
    • Danoso? Talvez. Depende do cofrinho de quem e os olhos de quem está olhando.
    • Prejudicial? Remotamente.
    Calma que tem mais desesperadores tipos de vergonha alheia...

    O preconceito latente

    Semana passada virou noticia a bronca que a repórter da ESPN deu em um torcedor quando este utilizou o termo bichas pra se referir ao time adversário. Dentro do mundo do futebol vários termos ofensivos são exaustivamente usados. Na maioria das vezes os termos são usados com total conhecimento da ofensa proferida, mas existem poucas pessoas, muitas delas crianças, que não tem a mínima ideia do que estão falando, apenas repetem para engrossar o coro. (Deixo aqui em aberto o convite para os amigos entendidos sobre o mundo futebolístico discutirem em uma coluna as implicações desse costume.)

    Assim como as crianças no futebol, muitas pessoas cresceram ouvindo expressões e termos extremamente ofensivos como algo sem importância, comum, sem perceberem a extensão dos seus significados e de como isso atinge milhares de cidadãos. E várias pessoas ao serem questionadas por suas ações não conseguem encaixar aquilo em algo preconceituoso ou mesmo cruel, entra aí os nossos amigos do “mas”.


    Mas: Conjunção adversativa. Expressa oposição ou restrição, ou causa de uma ação.

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